terça-feira, abril 22, 2008


No silêncio... fico com os teus reflexos, o teu brilho, as tuas lágrimas.

No silêncio... tento fechar a porta e partir , deixando-te assim...na beleza da tua esfera, e com o abraço forte do aro que a rodeia.

No silêncio....apenas!

segunda-feira, abril 21, 2008

Mais uma vez...eu, os meus momentos passados junto ao mar... e as palavras de Sophya.
Desta vez em dois poemas...é assim o meu sentir...

Fechei à chave todos os meus cavalos
A chave perdi-a no correr de um rio
Que me levou para o mar de longas crinas
Onde o caos recomeça – incorruptível

Quando eu morrer, voltarei para buscar
Os instantes que não vivi junto ao mar
Fotos : Mário G.
Arte Gráfica: Isabel Filipe

quarta-feira, abril 09, 2008

Encontrei-a no meio de uma imensidão de pedras nas "muito minhas" falésias...algures entre a Boca do Inferno/casa da Guia (Cascais). Imediatamente a chamei de "minha Gruta". Lá, senti-me tão segura...tão eu. Claro o Mar...logo ali.
E dando força ao meu sentir, lembrei-me do poema do Mia Couto:

Estas pedras

sonham ser casa

sei

porque falo

a língua do chão


nascida

na véspera de mim

minha voz

ficou cativa do mundo,

pegada nas areias do (…)


agora,

ouço em mim

o sotaque da terra


e choro

com as pedras

a demora de subirem ao sol


Mia Couto in" Raiz de orvalho e Outros Poemas"


terça-feira, abril 01, 2008



"Passeou pelos espelhos dos dias
suas clandestinas alegrias
que mal se reflectiram desertaram"
Ruy Belo

Uma ria... a de Aveiro. Os reflexos dos prédios... que deram lugar a um outro de sonhos desconhecidos!...
As cores... tranformadas em p.b.
que como em cima no poema de Ruy Belo....desertaram.