Até um dia!
(...) Há pouco veio falar-me, com os olhos radiantes, de um passarinho que tinha entrado na sala.Depois de algum tempo voltou, dizendo que estava morto.
- Morreu – Diz ela com os olhos inocentes de quem ainda não sabe o que é a perda e separação. – E nós plantámo-lo na terra!
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Depois entregámo-nos cada uma à sua ocupação.
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Cúmplices silenciosas, não temos dúvida: no jardim vai nascer uma árvore de passarinhos.
E quando soprar um vento forte, vão espalhar-se sobre os telhados, as árvores e as núvens, e as cabeças dos incrédulos, que nem se vão interessar por saber de onde veio aquela revoada miraculosa.
Lya Luft in Pensar é Transgredir
Mas eu sei... e, vou limitar-me a olhar a árvore e vê-los voar... trazendo no bico os teus poemas belos... o teu sorriso... o teu olhar, e, com eles virá de certo uma Joaninha até um dia!