sexta-feira, dezembro 24, 2004
domingo, dezembro 05, 2004
Salas de hospitais
Estou sentada num banco de uma sala de espera de um dos nossos hospitais, é nestes lugares que por vezes gosto de observar as pessoas.
Sinto como se todos ali tivessem o mesmo sentir, as mesmas razões para ali estarem, e então observo.
Ao meu lado, já se encontram várias pessoas sentadas, umas lêem o jornal descontraidamente, outras folheiam revistas, sem que o seu olhar pare em nada, apenas num gesto automático, as folhas são passadas.
Outra sentindo-se sozinha, tenta entabular conversa com a do lado, e começa a desfiar o rosário das suas doenças e calvários, a vizinha finge que ouve e vai abanando a cabeça.
Outros entram apressados…olham em volta dirigem-se ao balcão, alguns pacientemente, outros já fartos começam a disparatar com a empregada.
Como são diferentes as pessoas, como perante situações idênticas, funcionam tão diferenciadamente umas das outras…o que irá em suas cabeças, em que pensarão? Não se vê um sorriso, apenas a angústia da espera.
Uma espera que até a mim já me começa a perturbar…quando lá ao fundo alguém chama o meu nome… e lá vou., sentindo o olhar de toda esta gente em cima de mim, talvez pensando” quem me dera já ser eu…”
Estou sentada num banco de uma sala de espera de um dos nossos hospitais, é nestes lugares que por vezes gosto de observar as pessoas.
Sinto como se todos ali tivessem o mesmo sentir, as mesmas razões para ali estarem, e então observo.
Ao meu lado, já se encontram várias pessoas sentadas, umas lêem o jornal descontraidamente, outras folheiam revistas, sem que o seu olhar pare em nada, apenas num gesto automático, as folhas são passadas.
Outra sentindo-se sozinha, tenta entabular conversa com a do lado, e começa a desfiar o rosário das suas doenças e calvários, a vizinha finge que ouve e vai abanando a cabeça.
Outros entram apressados…olham em volta dirigem-se ao balcão, alguns pacientemente, outros já fartos começam a disparatar com a empregada.
Como são diferentes as pessoas, como perante situações idênticas, funcionam tão diferenciadamente umas das outras…o que irá em suas cabeças, em que pensarão? Não se vê um sorriso, apenas a angústia da espera.
Uma espera que até a mim já me começa a perturbar…quando lá ao fundo alguém chama o meu nome… e lá vou., sentindo o olhar de toda esta gente em cima de mim, talvez pensando” quem me dera já ser eu…”