A vida à vezes é como um jogo brincado na rua: estamos no ultimo minuto de uma brincadeira bem quente e não sabemos que a qualquer momento pode chegar alguém a avisar que a brincadeira já acabou... Afinal a vida acontece muito de repente... e, de repente o mundo tem o cheiro terrível das despedidas... sim as despedidas tem cheiro para mim, e não é bom, tipo chá -de-caxinde, ou plantas a darem ares duma primeira respiração da frescura da manhã, entre silêncios e cacimbos molhados.
Não, não gosto de despedidas porque elas têm esse cheiro de amizades, que se transformam em recordações molhadas com bué de lágrimas. Não gosto de despedidas porque elas chegam dentro de mim como se fossem fantasmas mujimbeiros que dizem segredos do futuro que nunca pedi a ninguém para vir soprar no meu ouvido.
Não, não gosto de despedidas porque elas têm esse cheiro de amizades, que se transformam em recordações molhadas com bué de lágrimas. Não gosto de despedidas porque elas chegam dentro de mim como se fossem fantasmas mujimbeiros que dizem segredos do futuro que nunca pedi a ninguém para vir soprar no meu ouvido.
(texto adaptado de “Os da minha rua” Ondkjaki)